SALÃO DO BAIRRO COM O NOME DO BENEMÉRITO EM AZULEJO
O benemérito Joaquim Garcia de
Almeida era um homem simples e de uma bondade cativante. Vivia na companhia de
duas irmãs, senhoras de fino trato e esmerada educação. Sendo solteiro, não
tinha herdeiros. Assim o povo perguntava porque é que ele era tão poupado, se
não tinha ninguém que herdasse a sua considerável fortuna. Acontece que ele
tinha um sonho só próprio de grandes homens: investir a sua fortuna numa obra
que bafejasse as famílias mais pobres da sua terra e nesse tempo havia muita
miséria. Assim, à sua morte, deixou em testamento valor suficiente para a
construção de um bairro social. A obra nasceu e o dito bairro, designado por
Obra Social Joaquim Garcia de Almeida, foi inaugurado em 1956. As casas foram
atribuídas a seis famílias das mais numerosas e de parcos recursos, com rendas
simbólicas. As casas têm três quartos, sala, cozinha, casa de banho e loja para
arrumações. Divisões amplas e arejadas. Cada casa tem ainda um espaço para
jardim. Actualmente há três casas desabitadas, apesar das baixas rendas
pedidas. Mais um sintoma da desertificação da aldeia. O bairro, feito pela
Junta de Freguesia de Lagos da Beira, pertence à Fundação Aurélio Amaro Dinis. Como
lá foi parar é um mistério.
Sem comentários:
Enviar um comentário