Fins dos anos 70, início dos anos 80. Um grupo informal de
jovens animava soberbamente a vida pacata da aldeia. Não tinham nome nem
estatutos nem subsídios nem dinheiro, mas tinham espírito de união, amizade e
camaradagem. Faziam coisas pelo prazer de fazer. Era o fazer pelo ser e não o
fazer pelo ter. As fotos documentam um espectáculo misto de teatro e música,
realizado no salão da Junta de Freguesia. O palco era minúsculo e os camarins
eram na sacristia da Igreja Matriz. Isto significa que as vedetas tinham que se
vestir na sacristia, atravessar o adro da igreja a correr, entrar na Junta pela
janela e aparecer no palco com folgo para representar, dançar ou cantar. Muitas
histórias tem este grupo para contar. Resta dizer que as fotos foram
descaradamente roubadas do Facebook de Isilda Abreu.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 14
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 13
1, 2, 3, 4… 39, 40. Quarenta rapazes entregues a esta jovem e
bonita professora, saída de um filme antigo, tipo Milú no “Leão da Estrela”. As
meninas seriam outras tantas, mas tinham outra sala e outra professora. Teríamos
então oito dezenas de crianças e duas adultas, tanto para ensinar como para as
socorrer em caso de acidente ou simplesmente para lhe assoar o nariz. Hoje temos
seis crianças na escola, mais três no jardim-de-infância, dois professores e
auxiliares. Resta dizer que muitos destes meninos faziam quilómetros a pé
debaixo de chuva e neve para vir à escola. Os tempos são outros e muito
melhores. Pena que já não haja oitenta crianças, mesmo que, nos moldes actuais,
tivesse que haver dez professores e trinta auxiliares.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 12
Estamos em fins dos anos 70 ou início dos anos 80. Já há
fotografias a cores. Existia então um grupo com o nome “Os Amigos de Lagos da
Beira”. Este grupo, entre outras coisas, promovia os convívios anuais entre
lagoenses residentes em Lagos e em Lisboa. Era um ano cá e outro em Lisboa. Verdadeiras
festas onde se juntavam famílias e se faziam amizades.
Foi algo que deixou saudades.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 11
Uma Freguesia que gosta de música. Este bom exemplo vem da
Chamusca da Beira. Dava pelo nome “Grupo Típico – Os Alegres” e animaram muita
festa com música de raiz popular. Isto no início dos anos 80, salvo erro.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 10
Ao contrário de Lagos da Beira, cuja equipa de futebol
publicada aqui tinha equipamento múltiplo e variado, a Póvoa das Quartas
apresenta uma equipa bem uniformizada, embora sem concertina. Talvez o comércio
de carnes e enchidos fosse já na altura mais rentável que as batatas. Identificar
esta rapaziada de aspecto saudável é desafio que deixo.
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 9
Estamos em 1975 na Escola Primária de Lagos da Beira. A prova
da data está no cartaz lá atrás com o programa do Movimento da Forças Armadas
(MFA). Pena que esse programa não contemplasse, no mínimo, a expulsão dos fascistas
que continuaram e continuam a sugar o povo. Um paradoxo desta foto que não se
vê é o cartaz do MFA num armário e as fotos do Carmona e do Salazar por cima do
quadro. Já agora quem será o aluno?
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 8
Quer queiramos, quer não, isto é uma equipa de futebol. São onze
homens e um responsável de fato e cachimbo. Equipamentos iguais não há para
todos e calções só há para sete. Já não é mau. Depois temos um suposto jogador
de cigarro e concertina. E depois? Se o Sporting tinha cinco violinos, o “Lagos
da Beira” também podia ter uma concertina. O importante é que tinham uma bola,
talvez feita por algum sapateiro e a táctica de jogo assentava numa regra
fundamental: Quem chutar mais alto, ganha o bacalhau… se houver. A foto será do
início dos anos 30 (?)
FOTO: BIBLIOTECA MUSEU TARQUÍNIO HALL - LAGOS DA BEIRA |
FIGURAS - BENEMÉRITO JOAQUIM GARCIA DE ALMEIDA
SALÃO DO BAIRRO COM O NOME DO BENEMÉRITO EM AZULEJO |
BAIRRO SOCIAL JOAQUIM GARCIA DE ALMEIDA |
terça-feira, 17 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 7
O Grupo Musical Instrução e Recreio será objecto de um
artigo mais alargado em breve. Segundo Tarquínio Hall, existiu entre 1934 e
1947, sendo o Sr. Bernardino Garcia Tavares o último instrutor. Esta será uma
das últimas fotos. A concertina está aqui infiltrada, visto que esse instrumento
não fazia parte do grupo.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
FIGURAS - 1 - PROFESSOR JOSÉ JOÃO DA FONSECA E DONA MARIA DA RESSURREIÇÃO GUILHERME HALL
As pessoas mais importantes de uma comunidade são todas. No entanto
há sempre quem se destaque pela sua obra, pelo seu exemplo, pela sua dedicação
a causas comuns. Abre-se aqui uma nova página onde tentarei recordar pessoas
que marcaram a vida desta Freguesia.
PROFESSOR JOSÉ JOÃO DA FONSECA E DONA MARIA DA RESSURREIÇÃO
GUILHERME HALL
O Professor José João da Fonseca nasceu em Aldeia Velha,
Concelho do Sabugal em 22 de Fevereiro de 1890. Concluiu o curso da Escola
Normal da Guarda e concorreu para a escola do sexo masculino da Freguesia de
Lagos da Beira, onde foi colocado em 29 de Novembro de 1913. Em Dezembro de 1914 casou com Dona Maria da Ressurreição Guilherme Hall, também professora em
Lagos da Beira na escola para o sexo Feminino. Sem prejuízo para a sua
actividade docente, onde foi figura das mais destacadas como mestre e pedagogo,
o Professor José João, desempenhou durante vários anos funções de vereador na
Câmara Municipal de Oliveira do Hospital com o pelouro da instrução. Esteve também
à frente da Junta de Freguesia de Lagos da Beira durante 20 anos, sendo 16 como
presidente. Dessa actividade destaca-se a ligação de estrada a Oliveira do
Hospital e posterior alargamento e as obras de ampliação do cemitério. Faleceu a
29 de Junho de 1966 com 76 anos.
![]() |
PROFESSOR JOSÉ JOÃO DA FONSECA COM SUA ESPOSA, DONA RESSURREIÇÃO E SEU FILHO VIRGÍLIO HALL |
Dona Maria da Ressurreição Guilherme Hall nasceu em Aldeia
das Dez a 14 de Fevereiro de 1888. Diplomada com distinção pela Escola Normal
de Coimbra, foi a primeira professora a exercer funções docentes na escola do sexo
feminino de Lagos da Beira, tomando posse em 1912. Aliando o muito saber a uma inteligência
fulgurante, a professora Dona Ressureição, destacou-se como educadora das mais
competentes da região. Faleceu a 3 de Maio de 1974 com 86 anos. Estas duas
figuras foram pais de outras duas personalidades incontornáveis: Tarquínio Hall
e Virgílio Hall, de que falarei noutro artigo.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 6
Pai, mãe e três filhos. Uma família de Lagos da Beira que
foi à Santa Eufémia a Paranhos. A prova é a foto da santa enfiada na fita do
chapéu.
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 5
ANTES E DEPOIS
Do antigo para o moderno temos a casa onde habitou Tarquínio
Hall no antes e no depois da transformação em Biblioteca – Museu. Uma porta
aberta à cultura onde se estuda e interpreta a História de Lagos da Beira e
região. Claro que o nosso povo, mais dado ao trabalho que ao intelecto, não a
frequenta muito. Ainda assim é uma mais-valia que vai produzindo os seus frutos
e é o sonho de um homem que dedicou a sua vida ao conhecimento. Aqui ficam duas
frases que ele repetia com frequência.
"A cultura é a maior riqueza de um povo. É a sua identidade
que prevalece, mesmo que as fronteiras caiam."
"É nossa missão transmitir conhecimentos. Por pouco que seja,
haverá sempre quem tenha menos."
![]() |
ANTES - CASA DE HABITAÇÃO DE TARQUÍNIO HALL |
DEPOIS - BIBLIOTECA MUSEU TARQUÍNIO HALL |
terça-feira, 10 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 4
Dia de ir à Inspecção Militar (Às sortes) era dia de festa. Era
uma espécie de ritual de entrada na vida adulta. Onde havia festa estava o José
Fernandes (Zé da Amélia) com a concertina.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 3
1,2,3,4.... 34 ALUNOS. 20 RAPAZES E 14 MENINAS. ESTAMOS EM 1946. GOSTAVA DE IDENTIFICAR ESTAS CARINHAS LAROCAS.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
ANTIGAMENTE - 2
Carnaval sem samba nem brasileirices, mas já com alguma
sátira social. Uma cegada de Carnaval. Basicamente era uma peça de teatro
representada na rua. As falas eram cantadas em verso. O grupo, ensaiado por
José Fernandes, representava a peça em Lagos e seguia por várias terras do
concelho.
A viagem era feita a pé.
Estas fotos terão dez a doze anos de diferença uma da outra.
Em ambos os casos, a peça conta a história de uma jovem que vai casar com um
velho rico.



FESTA EM FAMÍLIA E AMIGOS
Outros tempos. Não há Internet, nem telemóveis, nem
televisão, mas há o convívio que esses milagres tecnológicos nos roubaram. Há um
povo que trabalha no duro a troco de quase nada, mas é um povo feliz. Hoje tanto
queremos ter que deixámos de ser. Todo o tempo que temos é ocupado a ganhar
dinheiro para satisfazer necessidades que inventámos ou que nos convenceram a
ter. Falta-nos tempo para viver.
Na foto podemos ver José Fernandes (O Zé da Amélia) com a
sua concertina, rodeado de alguma família e a rapaziada que foi à inspecção
militar (Às sortes)
![]() |
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
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